Hoje voltando para casa, entre um olhar à paisagem que corre para trás e as palavras de Clarice Lispector questionei-me o por quê de estar lendo aquele livro. Antigamente lia Paulo Coelho e Eddie Van Feu, hoje Álvares de Azevedo e Clarice Lispector, quanta mudança.
Hoje vejo Paulo e Eddie como leituras fracas de alguma forma ordinárias. As palavras não alcançam minha alma pelas letras deles. Não chamaria isso de evolução, apenas de mudança.
Um pobre ignorante do interior talvez não soubesse usar os comprimidos que curariam sua doença permanentemente, mas sabe usar uma erva colhida ali mesmo, perto de sua casa. Para essa pessoa, aqueles comprimidos nada mais são que predrinhas que serão engolidas por pessoas infelizes da cidade grande. Talvez até fizesse mal beber as tais pedrinhas coloridas, melhor mesmo é tomar o chá daquela erva. A cura na simplicidade.
Diferente do que alguns pensam, não escolho entre um e outro. Bebo dos comprimidos assim como os chás, procurando a cura em qualquer um deles.
Estou passando por uma nova fase na minha vida. Algumas coisas estão mudando e com elas eu mudo também. Não sinto mais a necessidade de postar meus textos aqui. Quero apenas escrever para mim mesmo e tentar algumas coisas novas. Talvez seja só uma fase mesmo, depois de uma ou duas semanas voltarei a postar aqui os meus textos amadores. Talvez. Ou talvez eu nunca mais volte à escrever aqui.
Obrigado, até logo.
(...)
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
(...)
Raul Seixas

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