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| A Girl in White in the Woods. Vincent van Gogh, 1882 |
Eu quero escrever sobre solidão. Essas foram as palavras que invadiram minha mente logo ao abrir os olhos pela manhã.
Talvez seja minha habitual estranheza pois nevascas, tempestades tropicais e trovões sempre tiveram uma certa beleza aos meus olhos. Assim como a solidão.Eu sei que parecerei um idiota ao escrever essas palavras a seguir.
Mas hoje a palavra solidão me fez lembrar a palavra sólido, logo penso que solidão seria um estado demasiadamente sólido. Sólido e duradouro.
Ventura, desventura, cólera assim como todo o resto é efêmero. Você os sente e um segundo, um momento mais tarde desaparecem. Deixando somente a solidão.
A amante que não pede nada em troca. Não exige filhos ou fidelidade. A meretriz que nos ama quando nem um outro ama. A que é deixada por qualquer outra. A que permanece mesmo assim. A amante silenciosa.
Essa é a imagem que tenho da querida solidão. Uma moça vestida de branco em meio árvores silenciosas. Com olhar taciturno e terno, o rosto envolto por cabelos negros, tão negros quanto o rio negro que corre como um espelho vivo na noite quente de qualquer dia.
Ame a solidão meu caro- uma voz sussurra ao meu ouvido- Pois ela estará ao seu lado quando Hades o deus traído, der de beber da água do Lete a todos os seus amantes.

Imaginei direitinho a solidão descrita por você. Esta faca que corta a garganta de todo mundo, nem que seja só por uma noite.
ResponderExcluirUm beijo, meu querido Pedro.