7.8.10

Quimeras de um cego

Escreva-me com suas mãos.
Dilacerando meus vasos sanguíneos,
Uma tentativa em vão,
Esperança de ar vindouro.
"Sinto muito pelas manchas rubras em suas roupas" Eu digo.
"Tente não sangrar tão freneticamente" Ela responde friamente.

Lembranças,
Quimeras de um cego,
Nunca antes contemplado com o brilho solar.

Por fim,
Cremará meu corpo sem vida,
Cinzas bailando sobre um oceano,
Em uma dança de liberdade.

Morte,
Promessa de paz,
Nunca contemplada por mim.
Deus, perdoe-me por essas palavras vomitadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário