20.6.10

Entre um quarto escuro e outro.

Fecho os olhos e me vejo em um quarto totalmente iluminado e é quase impossível que ele um dia ele já tenha sido escuro, é difícil pensar que um dia eu tive que entrar, apertar o interruptor para ligar a lâmpada. Aqui estou perfeitamente seguro, mas esta chegando a hora de sair, tenho que sair, tenho medo, não quero entrar em um quarto escuro sozinho, me pergunto o que devo fazer e em alguns momentos penso em não seguir. Apos incontáveis horas tentando achar uma resposta para meus medos ou ao menos um conselho digno acho que finalmente encontrei, o único conselho que posso aceitar é "vá", agora lembro por quantos quartos escuros eu passei para estar aqui, eles sempre pareciam terrivelmente misteriosos e malignos e em todos eles a única coisa que precisei fazer foi respirar fundo e seguir em frente, é claro que em todas eu bati alguma parte do meu corpo, em alguns eu bati varias partes do meu corpo, é claro, eu nunca tinha estado ali, os móveis estão de uma forma que nunca vi sob a clareza da luz, mas bastaram alguns minutos tateando no escuro, (tateando devagar é claro, não queria pisar em um brinquedo e quebrar uma de minhas pernas) para encontrar o interruptor e ligar a luz. Olho para frente e vejo tantos outros quartos escuros, ainda vou ter que fazer todas aquelas lâmpadas brilharem e talvez no meu ultimo dia de vida eu consiga fazer a casa estar complemente iluminada.

3 comentários:

  1. :-) Eu, particularmente adorei, e compreendi cada pedaço. És muito sensível, Pedro. Continua sempre escrevendo, reconhecendo sua alma e as demais, e o mundo... Abraço bem grande e enérgico.

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  2. Desculpa por não ter mais passado por aqui!!! Ótimo texto como sempre. Estou seguindo agora!!
    abraços e até.

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